
Na gastronomia clássica, os franceses criaram técnicas padronizadas de corte para vegetais, atribuindo a cada tipo um nome específico. Desde então, essas terminologias em língua francesa são utilizadas nas cozinhas profissionais, facilitando a comunicação e o trabalho dos chefs de cozinha e suas equipes. Os cortes desempenham um papel importante na culinária profissional, contribuindo para a padronização dos pratos, evitando desperdícios e garantindo o cozimento uniforme dos ingredientes. Além disso, eles ajudam a criar uma identidade única para cada prato, tornando-os visualmente mais atraentes e apetitosos.
Para realizar esses cortes, é necessário ter algumas ferramentas básicas, como uma tábua de corte colocada sobre um papel ou toalha úmida para evitar deslizamentos e possíveis acidentes com lâminas, uma faca bem afiada e uma chaira para mantê-la sempre afiada, um descascador de legumes, um mandolin e um boleador. Com essas ferramentas, você poderá realizar os cortes padronizados em seus vegetais e obter sucesso na produção dos pratos.
Ao determinar o tamanho dos cortes dos vegetais, existem valores e tamanhos como referência, mas é importante destacar que esses valores podem variar um pouco entre a literatura culinária e as cozinhas profissionais. Portanto, não basta se concentrar apenas no tamanho exato; também é necessário prestar atenção à classificação do corte. Por exemplo, o corte Julienne consiste em “tirinhas” com cerca de 0,5 cm de largura e 5 cm de comprimento. Essas medidas são apenas referências para identificar o Julienne, não são tamanhos absolutos. Por isso, para obter um resultado mais profissional e padronizado em seus pratos, é fundamental considerar a classificação dos cortes e considerar medidas aproximadas.
Agora, imagine uma salada de maionese comumente servida em churrascos. Conseguiu visualizar? Bem, se os ingredientes tiverem cortes padronizados, como cenouras e batatas cortadas no mesmo tamanho, o resultado será muito melhor, tanto em termos de sabor quanto de textura. Afinal, é a combinação de sabores e texturas que proporciona a maravilhosa experiência de saborear uma refeição.
Aqui estão alguns tipos de cortes para vegetais:
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- Julienne: ideal para saladas e refogados. Corte os legumes em tiras finas e longas, semelhantes ao tamanho de fósforos. Esse corte adiciona um visual bonito e uma textura interessante aos pratos.
- Brunoise: perfeito para sopas, molhos e guarnições. Faça cubinhos bem pequenos e regulares. Tenha paciência e cuidado ao cortar, pois a precisão é essencial nesse tipo de corte.
- Mirepoix: usado como base para muitos pratos, como sopas, caldos e refogados. Corte os legumes, geralmente cenoura, cebola e aipo, em cubos médios.
- Chiffonade: indicado para folhas de verduras, como couve, espinafre e manjericão. Empilhe as folhas, enrole-as firmemente e corte em fatias finas. Isso cria tiras elegantes e fáceis de comer.
- Paysanne: ideal para vegetais de raiz, como cenouras e batatas. Cortes irregulares (losangos, redondos, ovais, cubos) que não tem uma espessura definida, mas no momento que decidir o tamanho, é necessário segui-lo. Perfeito para pratos mais rústicos, sejam cozidos ou grelhados.
- Bastonete: um corte mais grosso da técnica Julienne, ótimo para sopas, refogados e salteados. Corte os legumes em tiras um pouco mais largas do que a Julienne tradicional.
Lembre-se de praticar os cortes com cuidado, utilizando as ferramentas necessárias e que vão te proporcionar segurança. Além disso, praticar constantemente te levará ao aperfeiçoamento das suas habilidades na cozinha. E, por fim, não esquecer de se divertir, explorar os diferentes cortes e reproduzir em suas receitas favoritas. Garanto que o resultado será surpreendente!